Thursday, November 01, 2007

Música menor, de vanguarda.

É no mínimo uma audácia, sem deixar de lado a ofensa, dos que afirmam que a música de vanguarda é obra egoísta e indiferente ao grande público.
Seria então simplesmente uma sórdida necessidade de atrair atenção para si? – Explicadas por conjuntos de sintomas freudianos de frustração materna e/ou sexual?
Ou se apegando ao que dizem, se trata apenas de masturbação mental do compositor, afinal de contas se ele cria só agrupamentos de estruturas complexas que "somente outros compositores doidos" podem entender. Só esse conjunto de "interjeições intelectualóides" basta para toda a motivação criativa?

Pode ser uma mistura dos dois, na verdade precisamos de atenção, de admiração. Em reflexão profunda tudo se resume a carros personalizados (ou seja, apapagaiados) que exibimos aos outros bichos músicos do ambiente para compensar as medidas reduzidas de nossos aparatos sexuais.

Se assim fosse, uma farsa tamanha não duraria 100 anos duraria? Mesmo na distorcida e imprevisível realidade humana? Grandes obras musicais desse último século então não foram fonte de prazer sensorial e intelectual de diversos seres humanos, até mesmo não músicos. (como pode humanos se regojizarem com essa música? Heresia!!!!)

Ah então entendo, se resume ao seguinte, na verdade eu não componho para alcançar as pessoas e tentar incitar seus ânimos e abrir janelas nas muralhas das suas experiências pessoais?

Não!
Eu não tinha nem que estar escrevendo isto.
Afinal, como disse outra vez, somos fingidores, fazemos pose até que entendemos os sons que descobrimos e organizamos. Mas na verdade não temos a mínima idéia do que era pra ser tudo isso.

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