Friday, April 18, 2008

Livro e consciência


Parece um livro, tem o cheiro de livro, a forma de um livro a textura de um livro. E é um livro, sem mais jogos.
Mas essa foto foi feita e colocada aqui para ajudar a representar o problema seguinte:
O livro é um ícone. Não esse, mas todos os livros. Venerado como símbolo de toda cultura. Uma estátua, incrível, em lugar de destaque e suja pelos pombos.
E eis o problema. Falta intimidade com ele.
O poder de libertação que o livro pode trazer é desconhecido para muitas pessoas. Ele se torna um objeto fechado e sem graça aos olhos de quem a televisão encanta.
Abrir e experimentar nos traz novidades sem fim, sabedoria, cultura, imaginação... Mas não preciso lembrar essas vantagens que são propagadas por aí.
Mas além dessa propagação falta levar intimidade. Falta abrir e desmitificar o livro.
A situação precisa tanto melhorar, que a leitura superficial de best sellers e romances de banca de revista já são um ganho.
Mas precisamos provar que Albert Camus, Ignácio de Loyola Brandão, Érico Veríssimo e outros não são o monstro do armário.

A experiência diferente própria da leitura enriquece sempre.
Pois o tempo individual do livro, ou melhor, que a leitura de um livro proporciona diferentemente a cada indivíduo é crucial para esse assimilar e refletir o que se apreende.


1 comment:

Refinando said...

Realmente, precisamos melhorar muito nesse aspecto, mas me pergunto, o que faz de um livro tão diferente de uma televisão.

Não me refiro às diferenças mais óbvias, mas se pararmos para pensar, caberia uma pergunta: Afinal, o que impede a pobreza que transborda da TV de invadir O Livro? E o contrário? Por que o saber e cultura contidos nos livros não conseguem penetrar na televisão?
Seriam características inerentes às respectivas mídias ou características situacionais?